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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

VÍDEO JORNALÍSTICO DE BRUNO

Advogado diz que ex-policial não conhece goleiro Bruno

Atleta é suspeito de envolvimento no sumiço de Eliza Samudio.
Segundo a polícia, jovem teria sido morta na casa do ex-policial.





O advogado Rodrigo Braga, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, disse que seu cliente não conhece o goleiro Bruno, a desaparecida Eliza Samudio nem o adolescente que o acusa de participar da morte da jovem. O advogado afirmou ainda que o ex-policial, conhecido como Bola, Paulista e Neném, também não conhece nenhum dos suspeitos do crime apontados pela Polícia Civil.
O goleiro Bruno é suspeito de envolvimento no sumiço de Eliza. A jovem teve um relacionamento com o atleta no ano passado e tentava provar que ele era pai de seu filho, de 4 meses. Segundo a polícia, a jovem teria sido morta por Santos na casa dele, em Vespasiano (MG). Policiais chegaram ao local orientados por um adolescente, que prestou depoimento e disse que Eliza está morta.
O advogado do ex-policial afirmou que não sabe o motivo pelo qual seu cliente está sendo investigado e que pretende pedir um habeas corpus quando tiver acesso ao inquérito. Segundo ele, o sangue encontrado no porta-malas do carro de Santos não tem comprovação de ser humano, muito menos de ser de Eliza. Sobre as denúncias de que o corpo de Eliza teria sido comido por cães da raça rottweiler criados por Santos, o advogado diz que cães dessa raça não comem carne humana.

Braga negou ainda que a casa de Santos, localizada em Vespasiano (MG), tenha sido usada no crime. Ele diz que o ex-policial não estava no local quando a polícia chegou e não teria fugido. Segundo o advogado, Santos não se apresentou à polícia quando soube das denúncias por ter ficado com medo dos policiais e da comoção popular do caso.
Braga ressaltou que Santos não foi expulso da Polícia Civil. Ele foi exonerado em 1992, porque não se adaptou. Ele disse que seu cliente não tem antecedentes criminais.
Santos, segundo o advogado, também teria bom relacionamento com os vizinhos.

FONTE

Depoimentos-chave do caso Eliza Samudio têm divergências

Primo do goleiro Bruno e um menor de idade apresentam versões diferentes.
Atleta é suspeito do desaparecimento da ex-amante e está preso em MG.

Os depoimentos de duas testemunhas-chave do caso Eliza Samudio, o menor apreendido na casa do goleiro Bruno e Sérgio Rosa Sales, primo do atleta, apresentam divergências e pontos que não batem. (Ao lado, veja reportagem do "Jornal Nacional" desta sexta-feira, 9, com trechos dos depoimentos.)
As incongruências se concentram principalmente em relação às ações de Bruno e de Sales nos dias que antecederam o suposto assassinato de Eliza Samudio. As declarações das duas testemunhas, que confirmaram a morte da ex-amante do jogador, são consideradas muito importantes na opinião de policiais.
Em depoimento à Polícia Civil do Rio, na terça-feira (6), o adolescente de 17 anos disse ter sido convidado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a levar Eliza do Rio de Janeiro ao sítio do jogador na Grande BH. Afirma que Bruno chegou ao sítio dois dias depois e ficou “surpreso” ao ver Eliza e o filho no local. Diz ainda que o goleiro permaneceu no sítio por apenas duas horas.
Sérgio Sales, em depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais, obtido com exclusividade pela revista Época, diz ter sido convidado por Bruno para ir ao sítio em 8 de junho. Diz que houve churrascos e partidas de futebol no local, e que o goleiro, Macarrão e o menor já estavam por lá quando chegou.
Também envolve diretamente o atleta no crime. Diz que o questionou se não era melhor “ter resolvido isso na Justiça” e Bruno respondeu "Já tá feito, cara”. "Eu falei para o Bruno que isso certamente ia dar problemas para ele e ele me respondeu que estava preparado", diz Sales em outro trecho do depoimento.
Participação no crime
Enquanto Sales procura se eximir de culpa, o menor o incrimina ao dizer que ele era o “único responsável” por vigiar Eliza no sítio. Sales não diz que vigiava a mulher em nenhum momento – afirma tê-la visto por acaso ao entrar na casa e que só depois soube quem era.
O adolescente também afirma que Sales ameaçou Eliza de morte antes de obrigá-la a telefonar a uma amiga para dizer que estava bem. Diz ainda que ele, Sales e Macarrão a levaram até Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Neném”, “Paulista” ou “Bola”, preso sob suspeita de ter cometido o homicídio.
Confira as principais divergências entre os depoimentos do adolescente apreendido na casa de Bruno e do primo do goleiro Sérgio Rosa Sales:

O delegado Edson Moreira, que responde pelas investigações do caso na Polícia Civil mineira, já sugeriu que o adolescente possa estar buscando proteger Bruno. Moreira afirmou que “80%” do depoimento do menor é verdade.
O adolescente descreve Neném como um homem “negro, alto, magro e de cabelo curto”. Diz que ele amarrou os braços de Eliza com uma corda e a sufocou com uma “gravata”. Diz que ele, Sales e Macarrão viram quando Neném retira uma mão de Eliza de um saco e joga para cachorros.
Sales conta uma versão semelhante, mas não se inclui nos fatos – diz ter ouvido o relato de Bruno e do adolescente. Acrescenta novos elementos ao descrever o assassino como “homem negro, de barba e careca”, dizer que Macarrão chutou o corpo de Eliza após o enforcamento e que o filho da mulher também seria assassinado.
Investigação
Eliza Samudio está desaparecida desde o início de junho. Em 2009, teve um relacionamento com Bruno. Engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu em fevereiro de 2010. Desde então, Eliza buscava reconhecimento de paternidade na Justiça. A Polícia Civil de Minas afirma que a "paternidade indesejada" foi a causa da morte.
A polícia mineira apura o sumiço de Eliza desde 24 de junho, após denúncias de que uma mulher teria sido agredida e morta nas imediações do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).
Na quarta-feira (7), a Justiça decretou a prisão de sete suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza em Minas Gerais, além da internação provisória do menor. Bruno e seu primo Sales estavam nessa lista.
No mesmo dia, a Justiça do Rio decretou a prisão de Bruno e de Macarrão. A polícia fluminense diz que os dois são suspeitos de participação no sequestro de Eliza.
Os três estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Bruno, Macarrão, Sales e Marcos Aparecido dos Santos, o Neném, negam participação no crime.

FONTE